Navegando pelo cinema
“As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei.” Do poema de Drummond para a tela de Lírios a mensagem é clara e incômoda: as leis não bastam. A barbárie do sistema carcerário brasileiro não é novidade, mas ele se mostra ainda mais insuficiente com quem há de mais vulnerável na população: gestantes, mães e seus filhos. “Mudou-se a rua da infância”, diz Drummond, e a imagem de crianças brincando no pátio de um presídio é difícil de engolir, mesmo que a parede rosa ao fundo tente, sem sucesso, suavizá-la. Para assistir ao filme integral clique no vídeo aqui
Para ler a entrevista de Fabiana Leite a propósito de seu filme clique aqui
Aproprio-me do seu título - "Do Not Expect Too Much from the End of the World" -, que por sua vez foi apropriado de uma frase do poeta polaco Stanislaw Jerzy Lec (1909-1966), para refletir sobre uma das naturezas de Radu Jude nos seus mais recentes passos: a apropriação, e com isto um caminhar em direção ao possível apocalipse. Ao contrário das fantasias de Fim do Mundo que impregnaram tanto a nossa cultura popular quanto a intelectual, o cineasta romeno despoja essas ideias das suas eventuais distopias e imaginários estabelecidos, concentrando-se num mundanismo com que a Humanidade se vê envolvida, num perpétuo movimento à sua decadência moral onde a selvajaria capitalista reina e subjuga. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui
Passagem da bolha à realidade
Há vários transes em "Transe". De saída, o transe por que passava o país em 2018. A campanha presidencial trazia à tona um país desconhecido para muitos de nós. Uma parcela imensa da população entrava numa espécie de transe delusório, de componentes masoquistas, optando por Jair Bolsonaro nas eleições. Para ler o texto de Carlos Aberto Mattos clique aqui
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