"Back To Black", cinebiografia sobre Amy Winehouse, é ingênua, preguiçosa e constrangedora
É inegável que um talento como o de Amy Winehouse surge talvez uma vez a cada geração, seja no primor de sua arte, seja na característica meteórica de sua jornada. Afinal, o mundo sucumbiu a uma onda de luto inevitável quando as notícias de sua morte, em julho de 2011, tomaram de assalto os principais meios de comunicação. Não que fosse algo totalmente inesperado: seu histórico de abuso de álcool e drogas, misturado ao drama de seu relacionamento com o também britânico Blake Fielder-Civil, imerso em histórias de violência doméstica mútua e interdependência afetiva tóxica, já eram fatos conhecidos por todos, fossem fãs devotos ou leitores ávidos de tablóides e polêmicas. Olhando em retrospecto, a trajetória de Amy parece, mais de dez anos após seu precoce falecimento, algo quase premeditado: é como se fosse óbvio que uma voz como a dela, de tamanha sutileza e beleza ímpares, fosse destinada a queimar ao invés de definhar, como diria Neil Young. Sua entrada no mítico “Clube dos 27” (referente à idade da cantora e intérprete, curiosamente a mesma de outros ícones, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain e Jim Morrison) é quase onipresente em um legado que rendeu dois belos discos – “Frank” (2003) e “Back to Black” (2007). Para ler o texto de Davi Caro clique aqui
"Acidente de caça", de Woody Allen
Woody Allen abusa um pouco do conceito de golpe de sorte nesse misto de thriller de adultério e suspense policial. Tudo começa numa bela tarde parisiense quando Fanny (Lou de Laâge) topa na rua com um ex-colega do ensino médio, que confessa uma longa e enrustida paixão por ela. É o bastante para abalar o status conjugal de Fanny, casada com um rico corretor de investimentos que a mima como a uma esposa-troféu. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
Lula e Oliver Stone em Cannes
Em um momento em que a direita tradicional se assanha teleguiada por uma Minas Gerais recauchutada em cirurgias plásticas e em conluio com o neofascismo da extrema-direita deste país, o filme de Oliver Stone, intitulado "Lula", a biografia do presidente Lula, é utilizado em mais uma tentativa de desvitalizar as esquerdas progressistas brasileiras. É o que se vê em algumas ‘análises‘ intempestivas do documentário de autoria de um dos cineastas norte-americanos mais importantes do nosso tempo vindas do Festival de Cannes atualmente em curso e onde o doc acaba de estrear com grande sucesso de público. Espectadores estadunidenses, europeus, além de centenas de brasileiros o aplaudiram, de pé, ao final da sessão, presentes na platéia da festa da Croisette. Para ler o texto de Léa Maria Aarão Reis clique aqui
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