Desbravar o futuro: A antropotecnologia e os horizontes da hominização a partir do pensamento de Peter Sloterdijk
Neste texto Rodrigo Petronio retoma o pensamento de Peter Sloterdijk e sua compreensão em torno do que é o ser humano, tal como descreve o autor, “um animal enraizado em uma experiência predeterminada
de excentricidade”.
Outra dimensão importante neste debate é a antropotécnica, que é
desenvolvida ao longo de toda a sua obra. “No sentido antropológico, o
homem não é apenas aquele que nega o meio pela técnica. É aquele que
por meio da técnica também se nega a si mesmo como natureza, tornando-se plástico e apto a assumir novas fisionomias e habitar novas antropofanias”, propõe.
Toda esta reflexão converge para um dos temas mais centrais das
sociedades contemporâneas, a saber: o esgotamento da modernidade e
a falência de suas formas de vida a partir da fratura entre o que se chama
natureza e cultura. “A partir de Sloterdijk talvez consigamos compreender
que a falência do projeto moderno, entendido em termos unilaterais como
uma teleologia da emancipação, bem como a ruína do humanismo, não
foram necessariamente perdas. Elas podem se transformar no exercício cotidiano e sereno daquela alegria trágica de que falava Nietzsche. E
quem sabe sobre essa ruína possamos viver o futuro de uma promissora
e poderosa liberdade”, ressalta Petronio.. Para ler sua entrevista clique aqui
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