"Fragmentos mínimos do meu “Livro de Eros” - Casimiro de Brito
Fragmentos mínimos do meu “Livro de Eros”
1496
Refeição perfumada. A tua. E ainda não puseste a mesa.
1533
Ora fome, ora sede — assim vão correndo as águas do nosso amor.
1544
Acaba lá com os beijos, diz ela: Não vês que ardo?
1551
Sinto-me uma serpente, dizes. Uma serpente? Sim, benigna.
1578
Cantochão. O teu é silencioso.
1583
O sexo é uma jaula. Alada.
1590
E depois abres-me todo esse jardim, queres matar-me de prazer?
1598
O meu morango na tua boca.
1625
Música de cama. Quando, depois do amor, te ouço no teu sono.
1636
Devoro-te e é o melhor que a vida me pode oferecer.
1677
Religioso sou. Perfeitamente integrado e fiel à ordem da natureza.
1687
Os acasos. Os acidentes. O essencial de uma vida.
1692
Uma coisa muito forte. Queima. Mas não dói.
Casimiro de Brito
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