«Nós não fizemos o exorcismo da guerra», entrevista a Nelson Saúte
Nelson Saúte (1967, Maputo) é um personagem ainda desconhecido no meu país de origem, a Alemanha. Tanto maior foi a minha curiosidade quando, numa viagem a Lisboa em 2011, me deparei com um dos seus livros de contos, O Apóstolo da Desgraça (Dom Quixote, 1999). Li-o, nas minhas idas e vindas de comboio ao Estoril, com muito interesse e com aquele fascínio que sentimos quando estamos à descoberta de novos mundos e novas realidades. Nesta altura, eu dedicava-me ao estudo da literatura latino-americana, mas sentia o impulso intrínseco de me aventurar ainda noutros continentes. Assim comecei a interessar-me por África que, desde o início, me colocou muitas questões e desafios que até hoje apenas consegui resolver parcialmente. Uma das pessoas que me ajudaram nesta árdua tarefa de compenetração intercultural foi Nelson Saúte, nomeadamente com as duas antologias incontornáveis que editou: Nunca Mais é Sábado, antologia de poesia moçambicana (Dom Quixote, 2004), e As Mãos dos Pretos, antologia do conto moçambicano (Dom Quixote, 2001).
Nelson Saúte – licenciado em Ciências de Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo – não só trabalhou como jornalista, docente universitário e editor, também é autor de vários volumes de poesia e de contos assim como do romance Os Narradores da Sobrevivência (Dom Quixote, 2000). Por isso, julguei que era uma pessoa interessantíssima a conhecer. Durante a minha viagem de investigação a Moçambique em Julho de 2014, marquei um encontro com ele.
Para ler a entrevista de Nelson Saúte clique aqui
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