domingo, 1 de junho de 2014

'O CAPITAL DO SÉCULO 21': Piketty está longe de ser radical

O livro do economista francês Thomas Piketty, “O Capital no Século XXI”, está dando bastante o que falar. O economista americano Paul Krugman, num artigo na revista “New York Review of Books”, descreveu o livro como um “chamado às armas” para aqueles que desejam “limitar o poder crescente da riqueza herdada”. Já os analistas conservadores dos Estados Unidos criticaram o “marxismo brando” de Piketty (nas palavras de James Pethokoukis, do Instituto Americano para o Empreendimento, AEI) e a alusão óbvia, no título do livro, à própria obra de Marx: “O Capital”.
Em mais de 600 páginas repletas de dados, Piketty argumenta que o capitalismo cria um círculo vicioso de desigualdade porque a taxa de retorno sobre os ativos é maior, no longo prazo, que o crescimento econômico em geral. Essa divergência, diz ele, ameaça transformar a sociedade moderna numa ordem neofeudal – um cenário que ele gostaria de evitar através da imposição de um imposto mundial sobre a riqueza (e não sobre a renda).
O quão radical é Piketty? Na verdade, não muito. Com seu sotaque, erudição fácil, camisa desabotoada e um cabelo preto e espesso, ele é o protótipo do intelectual francês, mas nem todo intelectual francês é um radical. Marxistas bem-intencionados ainda perambulam pela França e é difícil tomar o educado Piketty por alguém dessa classe. Talvez seja por isso que ele não esteja causando tanta agitação no debate público na França como nos EUA e outros países.
Para ler o texto completo de Pascal-Emmanuel Gobry clique aqui

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