domingo, 1 de junho de 2014

LINCHAMENTOS: O próximo pode ser você

Dia 5 de maio, Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu após ser violentamente espancada por uma turba alucinada no Guarujá (SP). Crente de que detinha o poder de fazer justiça, a horda linchou-a motivada por uma única razão: ela se parecia com outra mulher acusada de sequestrar crianças para rituais de magia negra. Mesmo sem qualquer informação sobre o sumiço das crianças ou a veracidade da acusação, a truculência foi feita, apoiada, filmada e divulgada por incontáveis veículos de comunicação, numa corrida irresponsável pela conquista da audiência. Fabiane era inocente. Após a constatação, retratações começaram a aparecer. Mas e se ela fosse culpada? Merecia morrer daquela forma? Um dia após o episódio, uma estudante de 22 anos evitou a morte de um jovem que acabara de roubar um celular na Zona Oeste do Rio. Outra multidão ensandecida e proclamando palavras de ordem como “mata”, “deixa morrer” e “bandido bom é bandido morto”, queria sangue, morte e vingança.
Em fevereiro deste ano, um homem de 47 anos foi espancado em Olinda (PE). Morreu porque moradores o confundiram com um suspeito de estupro e o atacaram, enquanto dormia, em um terreno baldio. Há quase 25 anos, em Matupá (MT), outro grupo agrediu, amarrou e queimou ainda vivos três homens acusados de roubo. Um deles pedia perdão a Deus enquanto agonizava e tudo era filmado com requintes de crueldade. Em 19 de maio deste ano, um rapaz acusado de furtar a carteira de uma mulher no terminal do Boqueirão, em Curitiba (PR), também foi espancado. Ficou desacordado na via por alguns minutos até recobrar a consciência e entrar num ônibus, desorientado.
Para ler o texto completo de Claudia Guadagnin clique aqui

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