quinta-feira, 5 de junho de 2014

BIÓGRAFOS & BIOGRAFIAS: O homem que vigia os livros do 'rei'

Há, em algum lugar desta cidade, um depósito especial, lacrado, vigiado. Não sei dizer onde fica, em que rua, bairro, nada. Nunca vi, não posso descrevê-lo, sei apenas que existe, é real, sobre ele foram publicadas notícias, veiculadas mil informações. Nunca se divulgou tanto este refúgio, onde dormem cerca de 10 mil volumes contendo a biografia do “rei”. Acompanhava pela televisão a entrevista que o autor da proibida biografia de Roberto Carlos, Paulo César de Araújo, dava ao Edney Silvestre. À minha frente, os jornais noticiando a visita do papa ao Santo Sepulcro em Jerusalém. Meus olhos corriam do jornal para a telinha, tive uma sensação estranha.
Araújo escreveu novo livro, desta vez contando as peripécias, a odisseia que viveu com a proibição da obra na qual ele colocou dez anos de sua vida. Não se sabe agora qual será a posição do “rei” diante deste novo livro. Ah, o rei! Na minha juventude havia uma marchinha carnavalesca que era o maior sucesso. Composta por Haroldo Lobo e David Nasser em 1949, dizia: A coroa do rei /Não é de ouro e nem de prata. /Eu também já usei / E sei que ela é de lata!
Hoje, mais do que nunca, a marchinha é atual. Os carnavalescos faziam críticas que – vemos agora – atravessaram incólumes o tempo, são atuais. No momento em que o rei Roberto Carlos (quem o assessora?) condenou a biografia escrita por Paulo César ao ostracismo, viu a coroa dele rolar pelo chão. Pensar que na juventude nós achávamos o “rei” o máximo, um transgressor, a correr pelas curvas da estrada de Santos, mandando que tudo o mais fosse para o inferno. Não era, não é.
Para ler o texto completo de Ignácio Loyola Brandão clique aqui
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