Será que Obama sabe o que achamos que sabe?
A piada já tomou conta das redes sociais. Esqueceu a sua senha bancária? Pergunte ao presidente Barack Obama. Quer saber quem é o pai da criança? Pergunte a Obama. Mas há algo ainda mais grave do que o presidente dos EUA bisbilhotar a nossa vida privada: é os EUA bisbilhotarem a nossa vida privada (ou qualquer outra coisa) sem o presidente, o poder público, estar sabendo. Esse cenário é aterrador para a democracia nos EUA e no mundo. À medida que surgem mais detalhes sobre o amplo esquema de espionagem americano, é de se questionar se alguém controla ou consegue controlar tamanha estrutura.
É inútil criticar a espionagem. Todo governo espiona, dentro e fora de suas fronteiras. Espiona-se tanto os inimigos como os amigos. Até o Vaticano teve durante séculos, e talvez ainda tenha, o seu serviço secreto. Empresas também espionam, como vimos no caso da disputa pela Brasil Telecom. Para proteger seus cidadãos dos excessos de curiosidade alheios, os países costumam ter leis. A regra do jogo, quando um caso de espionagem entre aliados é exposto, é desconversar. O espionado reage com indignação (em geral para consumo político interno). Quem espionou não se desculpa, pois seria uma admissão da espionagem; dá apenas alguma justificativa esfarrapada. E os dois lados esperam o assunto cair no esquecimento. Foi o que ocorreu quando Snowden revelou que os EUA espionaram os aliados europeus. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, vem insistindo em explicações detalhadas, que não virão.Para ler o texto completo de Humberto Saccomandi clique aqui
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