Redes culturais: desafio à velha indústria da cultura
A entrevista de Bruno Torturra e Pablo Capilé, no Roda Viva, focando o sistema inovador de jornalismo Ninja, é particularmente importante. Não pela celeuma criada, mas pelas janelas e desafios que abre. Aproveitamos a discussão para as pessoas entenderem melhor um conjunto de atividades de produção e acesso cultural no país. Interessante também o fato da entrevista ter gerado tanta controvérsia, com o problema do financiamento superando a visão das oportunidades abertas. Estamos na era digital, da conectividade planetária, mas carregamos uma herança de sistemas de produção cultural e jornalística essencialmente controlados por gigantes da intermediação, a chamada indústria cultural e o oligopólio da mídia. Adotaram tecnologias digitais nas imagens, mas como cultura organizacional seguem na era analógica. O pano de fundo, é que hoje, com as novas tecnologias tanto de produção como de divulgação de conteúdos, abriram-se oportunidades de sistemas radicalmente descentralizados e em rede, o que afeta os gigantes verticalizados de intermediação. Os que produzem conteúdos não precisam mais esperar para serem dos poucos selecionados pela grande mídia ou pelo oligopólio da música. A gente não vai mais se ver só na Globo.
Para ler o texto completo de Ladislau Dowbor clique aqui
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