Reflexões sobre o tempo presente
Você é capaz de distinguir céu azul de dor? Um sorriso de um véu? Fizeram você trocar seus heróis por fantasmas? Fumaça por árvore? Ar quente por uma brisa? Esses versos estão na música composta na metade dos anos 70. A letra fala da falta de capacidade de perceber a realidade ao nosso redor e aponta para as trocas que somos encorajados a fazer na vida. Fala de entorpecimento, de fuga, de quebras, de rompimento. Pensei nela assistindo ao dilacerante “Zona de Interesse”, que conta a história da família do diretor geral de Auschwitz e de sua casa ao lado do campo de concentração: jardins, piscina, muitos empregados, luxo, fartura. Ao fundo, as chaminés queimam com vidas humanas e ninguém se importa. A existência segue com as crianças correndo na grama, vinho gelado sendo servido ao ar livre num fim de tarde. Gritos e gemidos de morte são escutados ao fundo. Não importam. Não são pessoas que estão morrendo, são coisas, gente abaixo da humanidade. Quando o filme terminou eu estava catatônica. Para ler o texto de Milly Lacombe clique aqui
Décio Saes: renovação e atualização da teoria política marxista
Angelita Matos Souza e Danilo Enrico Martuscelli apresentam a segunda edição da obra "República do capital: capitalismo e processo político no Brasil", de Décio Saes. Para ler o texto clique aqui
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