Navegando pelo cinema
Um homem de negócios
Elio Petri, Costa-Gavras, Martin Scorsese ou qualquer outro grande autor de filmes policiais teria material de primeira na história de PC Farias, o “homem do dinheiro” no governo Collor. Ligado a um vasto esquema de corrupção, extorsão de comissões, caixa 2 e sonegação de impostos, com tentáculos estendidos à máfia italiana e ao tráfico de cocaína do cartel de Cali, o alagoano bigodudo é um personagem suculento. "Morcego Negro" conta sua história com uma vasta pesquisa documental. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
"Zona de interesse"
Enquanto Hedwig Höss cultiva um jardim sem ervas daninhas, Rudolf Höss cultiva cadáveres. A distinção de interesses é aparente diante da totalidade, que absorve os dois. No essencial, operam na mesma zona indissociável; não são as cinzas dos exterminados que adubam os canteiros férteis? Não precisamos que o enredo de "Zona de interesse" nos conte didaticamente que é o pó de corpos calcinados o que se usa para fertilizar o jardim, a mera suposição de que possa ser essa a origem já explicita que tudo o que se desdobra no sistema nutrido pelo extermínio está sob suspeita. Para ler o texto de Herik Rafael de Oliveira clique aqui
Cantar para os espíritos reunir
Aproveitando a deixa da realizadora paraguaia de “Eami”, assumidamente amiga deste casal-cineasta, lanço-me naquilo que tanto me fascinou neste “A Flor do Buriti”, e que já havia sido sugerido em “Chuva e Cantoria na Aldeia dos Mortos”: o convite e completa submersão num mundo que não é o nosso, sem estranhezas e sem pedagogias de qualquer espécie. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui
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