O universo do fantástico na produção contista de Mia Couto: potencialidade de leitura em alunos do ensino básico
Em O universo do fantástico na produção contista de Mia Couto:
potencialidades de leitura em alunos do Ensino Básico, efetuamos uma revisão dos
pressupostos teóricos do conto, género narrativo privilegiado pelos escritores atuais da
América Latina e África lusófona; apontamos as linhas de força da poética do
fantástico, com especial relevo para as suas funções sociais; apresentamos os eixos
históricos e temáticos da literatura moçambicana inserida no contexto das literaturas
africanas de/em Língua Portuguesa.
Neste estudo, identificamos também os vectores estruturantes presentes na
produção contista de Mia Couto: a recuperação da ancestralidade, a afirmação da
moçambicanidade e a procura da universalidade. Ao mesmo tempo, procuramos
justificar a nítida opção do autor pela narrativa breve de índole fantástica. Estamos,
assim, perante um fantástico que procura a subversão e a transgressão como forma de
destituir um sistema social rígido e implementar uma nova ordem política, social e
moral. A este propósito, problematizamos a dimensão da modalidade fantástica em Mia
Couto (dimensão escatológica), bem como os procedimentos retóricos mais
significativos, através dos quais o autor veicula a sua ideologia e subverte os cânones
sociais: a hipérbole, a ironia e a alegoria.
Verificamos, igualmente, após um trabalho no terreno com alunos e com
professores do 2º Ciclo do Ensino Básico, que os contos miacoutianos possuem
potencialidades de leitura neste nível de Ensino. Para ter acesso ao conteúdo integral da dissertação de Mestrado da autoria de António José Marques Martins clique aqui
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