Navegando pelo cinema

 

Medo e transfobia no Brasil profundo 

Disponível no streaming, "Madalena" tateia o terreno movediço do interior ruralista, a partir do assassinato de uma trans. Entre SUVs, sertanejo e lavouras desertas, sugere: é possível um oásis de humanidade frente a barbárie mecanizada. Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui

“Willow” e o cinema da Macedônia do Norte

Muita gente não sabe sequer que existe um país chamado Macedônia do Norte, quanto mais o cinema da Macedônia do Norte. Na verdade, trata-se da velha e boa Macedônia, ex-Iugoslávia, que por uma disputa com a Grécia teve agregado o complemento “do Norte”. Entre os filmes mais conhecidos daquele país estão o documentário “Honeyland”, o curioso “Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia” e o cult dos anos 1990 “Antes da Chuva”, de Milcho Manchevski. "Willow" conta três histórias sobre o imperioso desejo de maternidade por parte de três mulheres. A primeira em meio aos trigais da Idade Média e as outras duas simultâneas na capital nos dias atuais. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui

Sensualidade feita fábula

Previsto há muito tempo, o lançamento em novos exemplares de três comédias de Jiri Menzel adaptadas de Bohumil Hrabal dá a volta a uma homenagem póstuma, após a morte do diretor tcheco, em 5 de setembro, aos 82 anos, em Praga, cidade natal dele. "Trens Vigiados de Perto" (seu primeiro diretor e filme mais conhecido, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1968), "Alouette, le fil à la patte", (filmado em 1969, banido até a queda do Muro, e "Ours d gold" no Berlinale em  1990), "Une blonde émoustillante" (Menção Especial no Festival de Cinema de Veneza em 1981, mas permaneceu inédito na França) são encenados em pequenas comunidades. A tribo que gravita em torno de uma estação provincial sem importância, os párias do regime comunista enviados para um depósito de sucata como remédio ideológico, os aldeões cujo olhar é magnetizado pela radiante esposa do diretor da cervejaria local desenham microcosmos , e a história dos acontecimentos que os agitam assume o tom de uma fábula libertária. Para ler o texto de Jacques Kerbamon clique aqui