Marilene Felinto: Racismo contra não brancos é explícito nas rotas de fuga da Ucrânia
Quem já foi chamado de “macaco” (assim desumanizado) ou mesmo de “cocô” (assim coisificado) conhece aquele trem cuja entrada é vedada a gente de pele escura, trem que percorre trilhos do que há de mais abjeto no gênero humano: a discriminação do outro pela cor da pele. O trajeto desse trem não é apenas aquele que sai da Ucrânia em guerra e entra na Polônia receptiva a refugiados europeus brancos. Ele cruza fronteiras e séculos, vai para todo canto. Quem já foi chamado de “macaco” conhece aquele trem cuja porta se fecha para negros em fuga da guerra na Ucrânia. Militares ucranianos e poloneses, armas na mão, mandam para o fim da fila dos trens os africanos, indianos, árabes, brasileiros —os indesejados, os banidos, os de vida proibida. “Sai desse trem”, dizem para a gente escura. Para ler o texto de Marilene Felinto clique aqui
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