"O Paraíso, pó vivo, é agora" - Casimiro de Brito
O Paraíso, pó vivo, é agora.
1
regresso ao paraíso
quando nossos corpos cantam
a mesma canção
2
ela parece eterna
a barca silenciosa
que em nós navega
3
dou a primavera
do meu corpo a quem mais amo
ao dia que passa
4
foi-se a paz o som
das rosas o fulgor do mar
só me resta cantar
5
a febre devora-me
quando mergulho no canto
das tuas águas
6
a fonte selada
que me abre as suas portas
canto e devoro
7
paraíso é quando
saudoso do amor regresso
à casa da mãe
Casimiro
de Brito
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