Alexsandra Moreira de Castro, Thelma Yanagisawa Shimomura & José de Sousa Miguel Lopes - "As fronteiras e o Lobato: um exercício de ética" & "O fim do capitalismo e os direitos humanos decolonial diante da Covid-19"
Alexsandra Moreira de Castro & José de Sousa Miguel Lopes - "As fronteiras e o Lobato: um exercício de ética"
Este texto, fruto de reflexões oriundas com a
disciplina “Fronteiras do pensamento”, do Curso de Pós-Graduação Stricto
Sensu Mestrado em Educação, da Faculdade de Educação da
Universidade do Estado de Minas Gerais, procura colocar em diálogo a Educação
com algumas considerações de vários autores, dos muitos ramos do conhecimento.
Esse diálogo se faz mediado por ensinamentos presentes em o Sítio
do Picapau Amarelo, obra prima de Monteiro Lobato. Assim, o próprio
Sítio, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Narizinho, Emília, Pedrinho,
Visconde de Sabugosa, Cuca e Saci Pererê entram em cena para que as
considerações sobre relações de poder, democracia, decolonialidade, igualdade
de direitos, respeito, necessidade de mudança para um mundo melhor,
racionalidade e vergonha, ciência do humano e da humana e o bem e o mal possam
ser acolhidas e debatidas na formação docente. Por fim, a Ética também é
convidada para esse colóquio, a fim de que seja aberta a possibilidade do
ensino de melhores condutas, para que crianças, adolescentes e adultos/as
possam melhor viver no Planeta Terra, em bases de fraternidade, solidariedade e
respeito mútuo. Para ler o texto de Alexsandra Moreira de Castro & José de
Sousa Miguel Lopes clique aqui
Thelma Yanagisawa Shimomura & José de Sousa Miguel Lopes: "O fim do capitalismo e os direitos humanos decolonial diante da Covid-19"
Este artigo partirá da reflexão de
Wallerstein sobre o término do capitalismo e a constatação que vivemos em um
período de transição onde a principal questão não se limita a prever se o
capitalismo sobreviverá ou não, mas, sim, o que irá sucedê-lo. A pandemia de
Covid-19 explicitou as mazelas causadas pelo sistema capitalista e a incerteza
sobre o futuro. Um mundo melhor poderia ser construído através de lutas
coletivas e escolhas éticas individuais (mais igualitário e democrático) ou
pior (mais polarizado e explorador)? Neste contexto, qual seria o papel dos
Direitos Humanos? Este artigo buscou compreender o papel dos direitos humanos
decolonial no contexto de fim do capitalismo e da pandemia do novo coronavírus.
Como marco teórico foi abordada a teoria decolonial e os conceitos de
sistema-mundo de Wallerstein (2011), necropolítica e classe trabalhadora
subalterna de Mbembe (2014, 2016), epistemologias do Sul e linha abissal de
Santos (2009, 2019), direitos humanos decolonial nas perspectivas de Santos e
Martins (2019) e Maldonado-Torres (2019). Pela perspectiva do pensamento
decolonial, percebe-se uma limitação ontológica dos direitos humanos que
poderia ser superada ante uma nova interpretação do conceito de dignidade
humana. A pandemia de COVID-19 expôs a necessidade de atualizar o que seria uma
vida digna e dar visibilidade à classe subalterna, tanto a nova quanto a
antiga, em sua interseccionalidade. Pois, as minorias foram e são afetadas de
formas diferentes em função do gênero, etnia, idade, saúde e posição social e
econômica, tendo maior risco de doença e morte as populações que acumulam
categorias de discriminação. Assim, a importância dos direitos humanos
decolonial se dá por ampliar o entendimento sobre a dignidade da pessoa humana
ao mesmo tempo que identifica as injustiças sociais, relacionando-as ao
contexto do passado e remetendo-as à responsabilização das escolhas dos
indivíduos e dos Estados. Para ler o texto de Thelma Yanagisawa Shimomura &
José de Sousa Miguel Lopes clique aqui
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