Documentário "Olhos Azuis"
Poucos sabem o que aconteceu numa pequena escola na cidade de Riceville no
interior do estado de Iowa nos EUA no dia 5 de abril de 1968. Talvez muitos
saibam o que aconteceu no dia anterior, que foi a ignição para o evento que
desejo narrar aqui: o assassinato de Martin Luther King Jr. Muita gente na
época comemorou, outras não se importaram e muita gente se lamentou, mas
pouquíssimas reagiram como Jane Elliott. Inconformada com o preconceito e o
racismo em nossa sociedade, ela resolveu tomar uma atitude e ensinar os alunos
de sua escola o que significa de fato esse comportamento tão abominável. Munida
apenas de suas habilidades como professora de 34 anos, de sua determinação em
levar as situações até o limite e de sua conhecida máxima: "Oh, Grande
Espírito, não me deixe jamais julgar um homem antes de andar em seus sapatos.",
ela elaborou uma dinâmica para realizar com seus alunos do ensino elementar na
manhã seguinte. Enquanto dava aula para uma turma da 3º série no ano de 1968, após a
morte do líder negro Martin Luther King, Jane Elliot convidou seus alunos para
fazer um exercício sobre o racismo. As crianças, animadas, esperavam mais um
divertido jogo de sua professora querida. No entanto, o que ela fez foi rotular
as crianças que tinham olhos azuis com uma 'coleira' de pano e criar um clima
de racismo contra elas. Não é preciso dizer que, para as crianças, foi uma
experiência traumática. Não há melhor maneira de entender o racismo que sentir
na pele a discriminação. No documentário "Olhos Azuis" Elliot
faz o mesmo exercício com adultos. Desde a entrada, ela trata mal as pessoas de
olhos claros, coloca-lhes uma 'coleira' e as deixa esperando dentro de uma sala
mal ventilada, com poucas cadeiras e sem comida. No documentário, baseado em
workshop emocionalmente exaustivo e difícil, as surpreendentes reações e
comentários dos participantes são intercalados com explicações sobre o que ela
pretende provocar.
Para ver este documentário
surpreendente clique aqui
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