CINEMA: O Espaço visto da Terra, em dois tempos
Na saída da gloriosa sessão de 2001, uma odisseia no espaço na tela grande do CineSESC, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, um colega crítico brincou: “Não é nenhum Gravidade, mas…” A boutade me fez pensar no filme de Alfonso Cuarón à luz do clássico de Kubrick, e vice-versa.
Comecemos por Gravidade. O filme é, antes de tudo, um prodígio de tecnologia, talvez nem tanto pelo 3D, mas pela virtual abolição das referências de espaço habituais (em cima, embaixo, direita, esquerda). Cabeça para baixo, cabeça para cima, é tudo praticamente a mesma coisa, como nas sensações mais malucas experimentadas nos sonhos.
Com essa qualidade de sortilégio e prestidigitação, poderia ser uma atração de parque de diversões – e não vai aqui nenhum demérito. Afinal, o que era o cinema em seus primórdios senão um espetáculo de feira?
Para ler o texto completo de José Gerlado Couto clique aqui
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