BIÓGRAFOS & BIOGRAFIAS: Sob a superfície da polêmica
A duração de um acontecimento jornalístico pode ser descrita por uma curva com seus picos ascendentes e descendentes. E quando polêmica, a questão costuma ser abordada “monossêmicamente”, isto é, num mesmo plano conceitual. Concentrada no plano jurídico – de onde virá certamente o desfecho – já se enfraqueceu a polêmica sobre liberdade de expressão e direito à privacidade, cujo foco prático é a censura, nos termos do Código Civil, a biografias não autorizadas.
Esta foi a superfície do debate. No fundo mesmo, está o problema do valor – logo, uma questão de natureza ética.
Valor humano, bem entendido. A distinção marxiana entre valor de uso (a utilidade de um bem) e valor de troca (a circulação do bem no mercado) refere-se apenas a objetos. A título de exercício, pode-se indagar, quem sabe, sobre a possibilidade da aplicação desses conceitos a pessoas. O valor de uso de um indivíduo seria, digamos, a sua boa integração (civil, profissional, moral etc.) na cidadania, algo imanente à esfera privada. O valor de troca seria a medida circulatória de sua imagem cidadã, o que implica avaliação ou reconhecimento por parte de outros, os concidadãos, portanto algo basicamente público.
Para ler o texto completo de Muniz Sodré clique aqui
Leia “Em favor da
liberdade acadêmica” de Joaquim Falcão clicando aqui
Leia “Ainda biografias”
de Arnaldo Bloch clicando aqui
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