ROGER CHARTIER: A história, entre relato e o conhecimento
Talvez
seja conveniente recordar as duas perguntas formuladas nesse texto a fim de
compreender melhor a novidade das questões que habitam em nosso presente. A
primeira derivava diretamente da evidenciação das dimensões retórica e
narrativa da história, designadas com perspicácia em três obras fundacionais
publicadas entre 1971 e 1975: Comment on écrit l’histoire (Como se
escreve a história), de Paul Veyne (1971), Metahistory (Meta-história),
de Hayden White (1973), e L’Écriture de l’Histoire (A escrita da
história), de Michel de Certeau (1975). Veyne (1971, p. 67), ao afirmar que
a história “é, antes de tudo, um relato e o que se denomina explicação não é
mais que a maneira de a narração se organizar em uma trama compreensível”,
Hayden White (1973, p. IX), ao identificar “as formas estruturais profundas da imaginação
histórica” com as quatro figuras da retórica e da poesia clássica, ou seja, a
metáfora, a metonímia, a sinédoque e a ironia, e de Certeau (1975, p. 110), ao afirmar
que “o discurso histórico pretende dar um conteúdo verdadeiro (que vem
da verificabilidade), mas sob forma de uma narração”, obrigavam os
historiadores a abandonar a certeza de uma coincidência total entre o passado
tal como foi e a explicação histórica que o sustenta.
Para ler o texto completo de Roger Chartier clique aqui
Para ler o texto completo de Roger Chartier clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário