MÍDIA & PRECONCEITO: O olhar crítico do juiz
Detesto falar de problema racial, mas tem hora que a coisa vai além da
medida. O ministro Joaquim Barbosa já está com o saco cheio pelo estereótipo da
imprensa que vincula tudo o que ele faz com a cor da sua pele, como se fosse a
coisa mais estranha do mundo um negro ser inteligente, competente e poderoso.
Ora, a arte, pelo menos essa, nos ensina que o talento independe de cor, credo,
raça e até do caráter e inteligência porque é nato, vem de nascença, do dom que
a pessoa tem para aprender e executar determinadas atividades dificílimas para
outros mortais, ainda que tente com mais tempo e recursos do que o que já nasce
pronto.
Joaquim Barbosa nasceu talentoso e o seu talento associado à inteligência, boa memória e disposição para a luta, o fez um sábio, não um gênio, mas um homem raro, como tantos outros que temos por aí, alguns vivendo no anonimato, por falta de oportunidade na vida, e outros contribuindo para o bem e/ou para o mal da humanidade, depende de como a pessoa emprega o seu conhecimento. Pergunto: onde está a cor nisso, se estamos falando de um poder divino, misterioso, endógeno, vindo do cérebro diretamente para os sentidos e os membros, como Aleijadinho, que perdeu os dedos e continuou esculpindo obras raríssimas, ou Beethoven que, surdo, fazia sinfonias igualmente raras, ou o nosso comediante Geraldo Magela, que de cego só tem o nome?
O ufanismo de determinados jornalistas ao vincular tudo que o ministro faz à sua cor nos remete aos clichês antigos e nojentos, quando os senhores da terra e do mar denotavam deslumbramento pela habilidade do escravo, do filho preto da empregada ou do mequetrefe da tábua de pirulito que, às vezes, o surpreendiam por “agir como os brancos”.
Para ler o texto completo de José Cleves clique aqui
Joaquim Barbosa nasceu talentoso e o seu talento associado à inteligência, boa memória e disposição para a luta, o fez um sábio, não um gênio, mas um homem raro, como tantos outros que temos por aí, alguns vivendo no anonimato, por falta de oportunidade na vida, e outros contribuindo para o bem e/ou para o mal da humanidade, depende de como a pessoa emprega o seu conhecimento. Pergunto: onde está a cor nisso, se estamos falando de um poder divino, misterioso, endógeno, vindo do cérebro diretamente para os sentidos e os membros, como Aleijadinho, que perdeu os dedos e continuou esculpindo obras raríssimas, ou Beethoven que, surdo, fazia sinfonias igualmente raras, ou o nosso comediante Geraldo Magela, que de cego só tem o nome?
O ufanismo de determinados jornalistas ao vincular tudo que o ministro faz à sua cor nos remete aos clichês antigos e nojentos, quando os senhores da terra e do mar denotavam deslumbramento pela habilidade do escravo, do filho preto da empregada ou do mequetrefe da tábua de pirulito que, às vezes, o surpreendiam por “agir como os brancos”.
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