"Já Marília cruel, me não maltrata" - Basílio da Gama
Já
Marília cruel, me não maltrata
Já Marília cruel, me não maltrata
Saber que usas comigo de cautelas,
Que inda te espero ver, por causa delas
Arrependida de ter sido ingrata:
Com o tempo tudo se desbarata,
Teus olhos deixarão de ser estrelas;
Verás murchar no rosto as faces belas,
E as tranças d’ouro converter-se em prata.
Pois se sabes que a tua formosura
Por força há-de sofrer da idade os danos,
Por que me negas hoje essa ventura?
Guarda para seu tempo os desenganos,
Gozemo-nos agora, enquanto dura,
Já que dura tão pouco a flor dos anos.
Basílio da Gama
(Brasil 1741-Portugal1795)
Para ler o Prefácio da 2ª edição do livro “CULTURA ACÚSTICA E LETRAMENTO EM MOÇAMBIQUE: Em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural” do autor do blog clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário