Moçambique - Museu da revolução: as percepções de João Paulo Borges Coelho sobre a literatura e sobre a realidade
Na Livraria Escolar Editora (Cidade de Maputo) havia o habitual movimento. Por um lado, leitores ávidos em comprar livros, e, por outro, livreiros a explicarem onde se podiam encontrar determinados títulos. Enquanto se criavam as condições para entrevista, João Paulo Borges Coelho também apreciava livros como quem tentava adivinhar os que deverá ler antes do ano terminar. Alguns leitores reconheceram o autor de "O olho de Hertzog", "Água" ou "Cidade dos espelhos", e lá o observaram de soslaio, como se procurassem alguma confirmação plausível. Outros passaram pelo escritor sem dar por ele. Escusa-se dizer que, cumprindo as normas da livraria, o escritor usava uma máscara. Azul celeste. João Paulo Borges Coelho parecia ter todo o tempo do mundo no instante que apreciava os livros. Entretanto, repentinamente, foi afastado dessa atividade agradável. – Já estamos prontos. Disse o jornalista. O escritor anuiu e deu alguns passos até ao local onde se encontrava um assento confortável reservado para si. Ali falaria das suas motivações ao escrever "Museu da revolução" (seu novo romance), do que pensa do exercício da ficção, do que significa a literatura, de como pensa o seu país (o espaço urbano e suburbano), da dor que é ver o seu país e o seu continente se transformarem na lixeira do mundo. Afinal, "Museu da revolução“ "pretende denunciar este caso de que o mundo está a limpar-se à custa de África”. Para ler sua entrevista clique aqui
Floresta Colonial: a eucaliptização de Moçambique
Sob o pretexto do «reflorestamento», da «descarbonização» e a
troco de «empregos», na última década, a expansão gigantesca da monocultura do
eucalipto pela Portucel Moçambique tem levado ao fim das terras comunais e das
machambas que garantiam a perene sobrevivência de comunidades rurais,
condenadas a viver sem nada e impotentes perante o desenvolvimento do
eucalipto. Para ler o texto de Filipe Nunes clique aqui


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