Navegando pelo cinema
Alain Bergala - Infância
O cinema tem, evidentemente, a ver com a infância - por muitas
razões. Em primeiro lugar, a infância é o momento, em que as
sensações são completamente novas e muito frescas. Quando envelhecemos, quando crescemos as sensações diminuem. Porém,
quando vamos ao cinema, se o filme é bom, encontramos o frescor dessas sensações. É como se víssemos o mundo um pouco
novamente como quando éramos crianças. Além disso, infância
é também o melhor momento para encontrar o cinema. Há algo
muito importante na infância: temos uma espécie de revelação
do mundo através do cinema. Quando já somos adolescentes,
quando já temos vinte anos, é um pouco tarde e o encontro com
o cinema não é tão essencial, tão impactante.
Então, é por isso, que é muito importante que quando houver
oportunidade tentemos fazer de modo que o encontro com o cinema aconteça quando as crianças são pequenas. Depois, fica
guardado. Elas não se separam mais do cinema.
Se desejar assistir à sua fala clique no vídeo aqui
Não há mais como abrir os olhos
O filme “Não olhe para cima” é um diagnóstico ferino do mal que vem comendo por dentro aquilo que já chamamos de civilização. Para ler o texto de Eugênio Bucci clique aqui
FILME INTEGRAL - "Os Cafajestes", de Ruy Guerra, 1962
Jandir é um malandro familiarizado com o submundo da noite carioca. Vavá é um playboy da zona nobre, preocupado com a mesada e a fortuna da família. Inimigos do batente, eles se juntam para aplicar um golpe. Seu plano é fotografar Leda, a amante do tio rico de Vavá, em cenas comprometedoras. Lançado num momento do cinema brasileiro em que as chanchadas dominavam o mercado exibidor, "Os cafajestes" chocou uma crítica e o público por suas inovações e disposição para o escândalo. Para desgosto dos censores, exibiu o primeiro nu frontal do cinema brasileiro. Formalmente, a modernidade da sua narrativa sedimentou ainda mais o caminho para a explosão do Cinema Novo. Para assistir ao filme (1:40:00) clique no vídeo aqui
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