quinta-feira, 25 de novembro de 2021

PENSAMENTOS EM FRONTEIRAS: que lições tirar nos processos de alfabetização africanos à luz das concepções de Paulo Freire?

 

Durante a chegada à Guiné-Bissau, onde Freire desenvolveu 
projeto de alfabetização de adultos, na década de 1970




O texto apoia-se numa pesquisa de cunho bibliográfico sobre as fronteiras do pensamento de Paulo Freire e seus encontros com a África a partir de várias de suas obras. Inicialmente, são abordadas as condições políticas e ideológicas que levaram Paulo Freire a ser preso pela ditadura de 1964 no Brasil, em virtude de suas propostas educativas revolucionárias. Sua ida para o exílio no Chile, onde publicou sua obra mais famosa “Pedagogia do Oprimido”, acabou levando Freire a se envolver nas lutas de outros povos latino-americanos e africanos. No caso específico do continente africano, suas experiências remodelaram sua pedagogia e sua prática como educador. O artigo está dividido em duas partes, a saber: na primeira, trabalha-se o sentido da alfabetização freireana no seu encontro com a África. Na segunda, traça-se um pequeno histórico dos desafios e conquistas desse encontro. Finalmente, nota-se que a educação de Paulo Freire, por seu caráter político e emancipador, influenciou as políticas educacionais de países africanos que se tornaram independentes. Na conclusão, enfatiza-se que é legítimo afirmar que as “falas” de Paulo Freire se misturam com as experiências por ele vividas na África, pois não é difícil perceber marcas africanas no seu modo de ser, estar, fazer e conviver. Entender Paulo Freire como intelectual de fronteira significa dizer que seu pensamento vem se alterando em função do tempo e do contexto histórico que se encontra inserido. A atualidade do seu pensamento não se restringe a fronteiras sociais, culturais e políticas. Daí a grandeza de seu legado. Para ler o texto de Cirlene Cristina de Sousa e José de Sousa Miguel Lopes clique aqui





POR UMA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES(AS)   DE MOÇAMBIQUE NA PERSPECTIVA FREIRIANA: possibilidades e limites


Este artigo apresenta resultados de uma investigação que teve como objetivo examinar o atual estado da formação inicial de professores de Moçambique, com vistas a sugerir reformulações baseadas na proposta freiriana de educação. Com relação aos procedimentos metodológicos, optou-se pela abordagem qualitativa, com ênfase na investigação temática de Paulo Freire. A coleta de dados foi realizada por meio do Círculo de Cultura freiriano. Foram sujeitos desta pesquisa sete alunos e cinco alunas do Instituto de Formação de Professores de Inhamízua, no Município da Beira de Moçambique. A análise dos dados foi realizada pela técnica de Análise de Conteúdo temático-categorial. Os resultados permitiram concluir que a formação inicial de professores de Moçambique ainda se encontra norteada pelos princípios de uma educação bancária, o que obstaculiza a autonomia intelectual do(a) educando(a). Assim, inferiu-se que as práticas docentes moçambicanas não favorecem uma reflexão crítica sobre a prática de educadores(as) e educandos(as). Concluiu-se, portanto, que será preciso investir em formações continuadas que possibilitem uma práxis educativa crítico-reflexiva, por meio de uma pedagogia dialógica. Para ler o texto de Lázaro Felix Manuel e Maria de Fátima Gomes da Silva clique aqui







Revista Olhares, v. 9,  n. 3 (2021) Número temático: Paulo Freire: 100 anos de práxis libertadora



Para ter acesso ao conteúdo integral da revista Olhares clique aqui



0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP