2021, o ano literário africano
Diálogos Atlânticos, uma parceria do Gabinete Português de Leitura da Bahia com o jornal português Sinal Aberto, chega ao fim da primeira temporada com um livro-epopeia “Uma viagem à Índia”, do angolano Gonçalo M. Tavares. O romance traz a inevitável comparação com “Os Lusíadas”, de Camões, e é um considerado um dos grandes livros da literatura em língua portuguesa. O debate de Sandro Ornellas, da Universidade Federal da Bahia, e Osvaldo Silvestre, da Universidade de Coimbra, provocador e moderador, trazem como convidados o escritor Reginaldo Pujol Filho e Raquel Gonçalves, doutoranda da Universidade de Coimbra, que prepara uma tese sobre Gonçalo M. Tavares. Para assistir ao debate clique no vídeo aqui
Enfocando o conto “Balada
da Xefina”, de João Paulo Borges Coelho (2005) e o romance “As mulheres do Imperador”, de Ungulani Ba Ka Khosa
(2018), ambos escritores e historiadores moçambicanos, o presente texto discute
a interseção entre memória, história e literatura a partir da
figura do herói representada nas duas obras ficcionais. Argumenta-se que o domínio linear e
moralizante sobre a narrativa nacional moçambicana e, portanto, sobre os
considerados heróis é uma estratégia de legitimação discursiva
fomentada pelo partido no poder desde a independência nacional (1975), em um exercício de
continuar governando por meio do “script
da libertação” (BORGES COELHO 2019), conforme pretende-se mostrar
através de casos recentes em diálogo com os textos literários escolhidos e a
historiografia produzida (e/ou silenciada) no país. Para
ler o texto de Fernanda Gallo clique aqui
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