"Abandonei as coisas efémeras..." - Casimiro de Brito
Abandonei as coisas efémeras
para me dedicar ao nosso amor
e todas as coisas são efémeras
comparadas com o nosso amor
Apenas a poesia não trairei
porque não posso abandoná-la
ela não é uma coisa, é um dom
concentrado no chão da fala.
Só a morte nos pode separar.
Mas a morte não existe, é passagem,
abre apenas o mar desta viagem
lembrando que tudo é pó e nada.
Abandonei a relva do caminho
e às duas entrego o meu destino.
Casimiro de Brito
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