ELIANE BRUM: A mais maldita das heranças do PT
O maior risco para o PT, para
além do governo e do atual mandato, talvez não seja a multidão que ocupou as ruas do Brasil, mas a
que não estava lá. São os que não estavam nem no dia 13 de março, quando movimentos como CUT, UNE e MST organizaram uma
manifestação que, apesar de críticas a medidas de ajuste
fiscal tomadas pelo governo, defendia a presidente Dilma Rousseff. Nem estavam
no já histórico domingo, 15 de março, quando centenas de milhares de
pessoas aderiram aos protestos, em várias capitais e cidades do país, em
manifestações contra Dilma Rousseff articuladas nas redes sociais da internet,
com bandeiras que defendiam o fim da corrupção, o impeachment da presidente e
até uma aterradora, ainda que minoritária, defesa da volta da ditadura. São os
que já não sairiam de casa em dia nenhum empunhando uma bandeira do PT, mas que
também não atenderiam ao chamado das forças de 15 de março, os que apontam que
o partido perdeu a capacidade de representar um projeto de esquerda – e gente
de esquerda. É essa herança do PT que o Brasil, muito mais do que o partido,
precisará compreender. E é com ela que teremos de lidar durante muito mais
tempo do que o desse mandato.
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