CINEMA: 'Birdman' e a redenção
O diretor mexicano Alejandro Iñarritu tem no currículo filmes fortes e transgressores, como Amores brutos (2000) e 21 gramas (2003). Mas é com Birdman (2014) que o cineasta tem alcançado maior notoriedade. Com nove indicações ao Oscar, o filme ganhou em quatro categorias – fotografia, roteiro, diretor e filme –, sagrando-se o grande vencedor da noite. Curiosamente, Birdman, que se propõe criticar a indústria do espetáculo, está sendo aclamado por essa própria indústria.
A história é sobre a crise profissional e pessoal vivida pelo protagonista Riggan Thomson (Michel Keaton), ator que se notabilizou ao interpretar o super-herói Birdman, o Homem-pássaro (lembremos que Keaton já foi o Batman, o Homem-morcego). Mas, agora, às voltas com problemas financeiros e existenciais, ele procura ser novamente reconhecido, dessa vez por meio de um trabalho mais “verdadeiro” e autoral.
Thomson batalha para montar na Broadway uma adaptação de um conto de Raymond Carver, algo próximo a uma arte autônoma, em contraposição a uma arte redundante e esvaziada, dentro da qual ele se sente um ator morto, um pai morto, um ex-marido morto.
Para ler o texto completo de Renato Tardivo clique aqui
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