"Suor do tempo" - José Paulo Pinto Lobo
Suor do tempo
O tempo abre por vezes as cortinas do palco
Onde ínfimos seres portando máscaras ilusórias
Desfilam na efémera feira das vaidades
Pretensos senhores do seu destino
Encarcerados em meras partículas temporais
Grãos de areia de uma ampulheta astral
Esboroando-se por fino gargalo
Suor do tempo escorrendo pelos seixos rolados
Do rio que corre inexoravelmente para a foz
Dissolvendo-se no mar do eterno oblívio
José Paulo Pinto Lobo
Cascais,
14 de Julho 2022
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