quinta-feira, 21 de julho de 2022

Navegando pelo cinema

 





 A piscina pode esperar




Houve um tempo em que grande parte dos filmes brasileiros pecava por um artificialismo teatralizado (no mau sentido), em que os personagens não soavam como pessoas de carne e osso, mas como títeres despejando diálogos em linguagem nada oral. Nessa época, que se estendeu até os anos 1980, o som das salas de cinema tampouco era favorável a uma comunicação fluente entre personagens e espectadores. A ausência de legendas afastava o público do chamado filme nacional. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







Sinfonia do Fim do Mundo




A câmera localiza-se num salão, enquadrando uma série de portões (fechados) que lhe servem de entrada. Ouvimos, por uns instantes, sons vindos da rua, que paulatinamente cessam. O ambiente, agora, é silencioso. A câmera começa a percorrê-lo, revelando aposentos espaçosos, cheios de quadros, móveis ornamentados… todos esses objetos são índices da presença do ser humano, afinal, foi necessário que alguém existisse para produzi-los. Para ler o texto de Pedro Mesquita clique aqui










 Putas,  ou  quase...  violência  de  gênero  em  filmes  de  ficção da Argentina e Brasil no século XXI




Nas  últimas  décadas,  muitos  filmes  procuram  abordar  o  tema  da  violência  de gênero.  As  representações  cinematográficas,  sobretudo  as  brasileiras,  revelam  que a maioria  das  vítimas  de  violência  masculina  fora  das  relações  conjugais  são  mulheres  em situação de prostituição, seja voluntária ou forçada, ou aquelas que, por alguma razão, são associadas  a  prostitutas.  Essas  violências  são,  essencialmente,  de  caráter sexual  e  estão marcadas  por  hierarquias  de  poder.  A  compreensão  de  que  vivemos  numa  sociedade construída por e para homens,  a  qual  reforça  um  determinado  tipo  de  masculinidade  em detrimento  de  outros  e  reverbera  nas  relações  de  gênero,  atravessa  as  leituras  fílmicas. Neste trabalho abordo narrativas de violências de gênero em filmes de ficção da Argentina e do  Brasil  produzidos  nas  primeiras  décadas  deste  século.  Procuro  refletir,  a  partir  da perspectiva  da  História do Tempo  Presente,  acerca  dessas  representações  como frutos  de processos históricos de longa e média duração, observando como tais processos incidem na constituição de um imaginário de caráter misógino, perceptíveis nessas representações, que ainda  parece  dividir  as  mulheres  entre  “santas”  e  “putas, ou  quase...”,  impondo  a  estas últimas “castigos” na forma de violência sexual. Para ler o texto de Joelma Ferreira dos Santos clique aqui


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