Tragédia na Itália: a metáfora do Costa Concordia
É provável que pouca gente esteja disposta a aceitar que o acidente envolvendo o navio Costa Concordia, junto à ilha de Giglio, na costa italiana, integre um processo de degeneração mais amplo que o considerado à primeira vista. As pessoas preferem a lógica elementar, ainda que, com frequência, ela se mostre incapaz de iluminar suficientemente os acontecimentos. É o bastante para demonstrar que a revolução copernicana não se completou. Quando o Sol nasce, está no horizonte leste. Ao meio-dia, sobre a cabeça de um observador e, no fim da tarde, no horizonte oeste. O testemunho dos sentidos, a lógica elementar, indica que o Sol gira em torno da Terra, e não o contrário disso.
No caso do Costa Concordia, quem conhece um mínimo de navegação sabe, desde as primeiras informações, que: 1) o navio estava fora de rota; 2) o capitão não estava na ponte de navegação. Ou, se estava, esteve alheio às manobras que eram realizadas; e 3) o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, 30 deles no mar, é um grande patife (um “merda”, segundo a classificação de um de seus colegas à imprensa italiana).
O que significa dizer que o comportamento de Schettino – traindo um princípio sagrado aos homens do mar ao abandonar covardemente seu navio – não é um ato isolado, mas uma atitude articulada com o que vem ocorrendo na vida pública italiana? Significa que covardias e fugas às responsabilidades na escala exibida pelo capitão do Costa Concordia integram um ambiente maior e, neste sentido, não há como ignorar o deplorável exemplo dado ao longo dos últimos tempos pelo bufão Silvio Berlusconi, só recentemente apeado do poder. E isso, devido à insustentável situação político-econômica a que a Itália chegou. Para ler o artigo completo de Ulisses Capozzoli clique aqui
No caso do Costa Concordia, quem conhece um mínimo de navegação sabe, desde as primeiras informações, que: 1) o navio estava fora de rota; 2) o capitão não estava na ponte de navegação. Ou, se estava, esteve alheio às manobras que eram realizadas; e 3) o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, 30 deles no mar, é um grande patife (um “merda”, segundo a classificação de um de seus colegas à imprensa italiana).
O que significa dizer que o comportamento de Schettino – traindo um princípio sagrado aos homens do mar ao abandonar covardemente seu navio – não é um ato isolado, mas uma atitude articulada com o que vem ocorrendo na vida pública italiana? Significa que covardias e fugas às responsabilidades na escala exibida pelo capitão do Costa Concordia integram um ambiente maior e, neste sentido, não há como ignorar o deplorável exemplo dado ao longo dos últimos tempos pelo bufão Silvio Berlusconi, só recentemente apeado do poder. E isso, devido à insustentável situação político-econômica a que a Itália chegou. Para ler o artigo completo de Ulisses Capozzoli clique aqui
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