Salman Rushdie, um gigante literário ainda cercado por preconceitos
Depois de vários dias de rumores, foi confirmado na semana passada que Salman Rushdie cancelou sua participação no Festival de Literatura de Jaipur, na Índia, o maior e mais prestigioso encontro literário da Ásia. Rushdie explicou sua decisão no Twitter: “Disseram-me que a máfia de Mumbai enviou armas para dois atiradores me ‘eliminarem’. Então farei um vídeo-link.” Quem pode culpá-lo? Não há nada como ser alvo de uma trama de assassinato para fazer um vídeo-link parecer a opção mais prudente. Quando se mencionou que Rushdie estaria presente em Jaipur, o Darul Uloom Deoband, um influente seminário islâmico fundamentalista no estado vizinho de Uttar Pradesh, pediu que seu visto fosse cancelado. Mas Rushdie nasceu na Índia, como ele mesmo notou secamente, e não precisaria de visto. Como a abordagem “diplomática” para afastá-lo havia falhado, alguns de seus adversários religiosos recorreram a um meio de censura mais confiável: a ameaça de morte. O fato deprimente é que quase 23 anos depois que o aiatolá Khomeini emitiu sua fatwa (espécie de resposta a um questionamento nas leis do Islã) ordenando a morte de Rushdie, e 13 anos depois que o governo iraniano prometeu parar de apoiar seu assassinato, o romancista ainda é alvo de ordens de execução sumária.
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