A leitura liberta
O sentimento de vergonha por parte do povo alemão depois da Segunda Guerra Mundial move a trama do filme O Leitor (2009),do diretor Stephen Daldry, cujo protagonista Michael Berg (a versão jovem é interpretada por David Kross e a adulta por Ralph Fiennes) é um melancólico advogado que passa a sua vida carregando a culpa por suas ações passadas.
Na Alemanha Oriental, em 1958, o jovem estudante Michael Berg conhece por acaso a misteriosa Hanna Schmitz (papel que rendeu a Kate Winslet o Oscar de Melhor Atriz em 2009) ao ser ajudado por esta quando passava mal. Depois de curado, ele procura a mulher para agradecer a ajuda e, quando se dá conta, já está apaixonado e tendo um caso amoroso com ela. O curioso é que Hanna tem o hábito de pedir que o jovem sempre leia algo em voz alta para ela – textos diversos, que vão desde A Odisseia de Homero até As Aventuras de Tintim, do cartunista belga Hergé. No entanto, depois que Hanna, subitamente, desaparece de sua vida, Michael se torna um indivíduo solitário e triste – e quando, anos depois, ele (já como estudante de Direito) reencontra sua antiga amante, deve lidar com o fato de descobrir que ela é uma ex-nazista e está sendo julgada por um crime de guerra cometido quando era responsável por 300 prisioneiras judias.
Deixando as discussões políticas e históricas trazidas pelo filme um pouco de lado, vamos nos concentrar em um tema que aparentemente é o carro-chefe do longa: o poder transformador da leitura na vida de um indivíduo. A personagem Hanna Schmitz é analfabeta e sente muita vergonha disso, a ponto de, no julgamento, preferir levar toda a culpa ao invés de revelar a todos os presentes no tribunal o fato dela não saber ler nem escrever – que não se revela tão obscuro assim já que seus argumentos de defesa são unicamente calcados no seu “zelo” como carcereira, ou seja, estava apenas cumprindo ordens. Hanna causa, tanto em Michael Berg como no espectador, repulsa e compaixão ao mesmo tempo.
Para ler o texto completo de Luiz Guilherme Melo clique aqui
Na Alemanha Oriental, em 1958, o jovem estudante Michael Berg conhece por acaso a misteriosa Hanna Schmitz (papel que rendeu a Kate Winslet o Oscar de Melhor Atriz em 2009) ao ser ajudado por esta quando passava mal. Depois de curado, ele procura a mulher para agradecer a ajuda e, quando se dá conta, já está apaixonado e tendo um caso amoroso com ela. O curioso é que Hanna tem o hábito de pedir que o jovem sempre leia algo em voz alta para ela – textos diversos, que vão desde A Odisseia de Homero até As Aventuras de Tintim, do cartunista belga Hergé. No entanto, depois que Hanna, subitamente, desaparece de sua vida, Michael se torna um indivíduo solitário e triste – e quando, anos depois, ele (já como estudante de Direito) reencontra sua antiga amante, deve lidar com o fato de descobrir que ela é uma ex-nazista e está sendo julgada por um crime de guerra cometido quando era responsável por 300 prisioneiras judias.
Deixando as discussões políticas e históricas trazidas pelo filme um pouco de lado, vamos nos concentrar em um tema que aparentemente é o carro-chefe do longa: o poder transformador da leitura na vida de um indivíduo. A personagem Hanna Schmitz é analfabeta e sente muita vergonha disso, a ponto de, no julgamento, preferir levar toda a culpa ao invés de revelar a todos os presentes no tribunal o fato dela não saber ler nem escrever – que não se revela tão obscuro assim já que seus argumentos de defesa são unicamente calcados no seu “zelo” como carcereira, ou seja, estava apenas cumprindo ordens. Hanna causa, tanto em Michael Berg como no espectador, repulsa e compaixão ao mesmo tempo.
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