domingo, 10 de dezembro de 2023

Navegando pelo cinema





Música "Maestro"!!




A vida concebida como uma sinfonia, uma pauta clássica que transcende qualquer simplificação cinebiográfica. “Maestro”, o segundo empreendimento de Bradley Cooper na sua demanda na realização, é um objeto estimável de tecnicismo e virtude, há mestria, atentado ao termo, nesta orquestra em desconstrução da sua figura biográfica - Leonard Bernstein (1918 - 1990) - compositor, condutor, pianista e mais que isso, um mentor que moldou não apenas um século musical, mas também o cenário cinematográfico. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui

 






Bonjour, Tristesse




Último longa-metragem do finlandês Aki Kaurismäki, "Folhas de Outono" foi o primeiro filme visto no Festival de Cannes deste ano a fazer referência à invasão russa na Ucrânia. Dadas as conflituosas relações históricas entre o país natal do diretor e a Rússia, ficamos imaginando que se trata de um filme político. A bem da verdade, toda obra de Kaurismäki é também política e é também sobre muitas outras coisas. É verdade que muitos de seus trabalhos mais recentes contam com a presença de migrantes e refugiados. Mas Kaurismäki nunca aborda esses temas de uma forma simples e direta. Ele é um dos diretores que fazem valer a máxima cinematográfica segundo a qual “forma é conteúdo”. Neste melodrama seco como o Saara, novamente estão presentes as cores fortes hiperrealistas, o laconismo excêntrico e cômico dos diálogos e os personagens melancólicos e solitários cujas situações nos remetem a quadros do pintor norte-americano Edward Hopper. Para ler o texto de Sérgio Moriconi clique aqui









A sociedade da neve




O longa-metragem não tem exatamente um protagonista, retratando o grupo de garotos quase como um organismo único que luta contra a montanha. Há, no entanto, um narrador, personagem-refletor, através dos olhos de quem a trama é contada: Numa Turcatti (Enzo Vogrincic), um dos jovens mais hesitantes e amedrontados do grupo. Essa inteligente opção faz com que a identificação do público com a narração seja tanto maior, já que a maioria de nós, se nos imaginarmos em tal situação, certamente teremos grande dificuldade, se estivermos sendo honestos, de nos vermos como heróis. Aos poucos, à medida que o drama pessoal de Numa vai se desenrolando, a escolha se potencializa, ganhando uma dimensão ainda mais ousada e tocante. Para ler o texto de Maria Caú clique aqui


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