segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Navegando pelo cinema

 





Herzog no teatro dos sentimentos




Pode não ser um novo F for Fake, mas "Uma História de Família" ("Family Romance", LLC) tem um bocado a dizer sobre a confusão cada vez maior entre o falso e o verdadeiro, entre o real e seus simulacros. Werner Herzog contratou como protagonista o empresário Ishii Yuishi para representar o seu próprio papel. Yuishi dirige uma empresa de Tóquio, a Family Romance, que há mais de dez anos aluga pessoas substitutas. Fenômeno exclusivamente japonês (até onde se saiba), atores são contratados para fazer o papel de maridos, amigos e toda sorte de papéis sociais. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui








"A Sibila": um mistério que perdura




Uma das raras ocasiões em que o cinema não se vergou à suposta superioridade da literatura conhece dois nomes – Manoel de Oliveira e Agustina Bessa-Luís. A razão para terem formado uma unidade intransponível entre cinema e literatura reside na transformação de um na matéria-prima do outro, e vice-versa. Sem se confundirem, a palavra de Agustina materializou-se nos filmes de Oliveira, e estes dizem a palavra de Agustina. Nenhum domínio prevaleceu entre a imagem e a palavra. Esperar que um encontro de natureza semelhante se repita é lançar uma sombra sobre a marca indelével que os dois deixaram no cinema português. Para ler o texto de Cátia Rodrigues clique aqui








"Cidade dos Sonhos"




(Aviso: Este artigo se divide em duas partes: na primeira, abordarei os aspectos técnicos e narrativos de Cidade dos Sonhos; e na segunda – que deve ser lida preferencialmente apenas por quem já assistiu ao filme -, falarei um pouco sobre os mistérios apresentados pela história.) Por que as pessoas preferem condenar o que não entendem? Na época em que "Magnóliafoi lançado, há cerca de três anos, lembro-me perfeitamente das intermináveis discussões sobre a famosa `chuva de sapos` que ocorria no terceiro ato da trama: enquanto algumas pessoas tentavam ao menos decifrar o significado daquela aparente insanidade, outras simplesmente rotulavam o filme de Paul Thomas Anderson como `bobagem pretensiosa`, negando a impecável lógica e a riqueza de simbolismos de seu roteiro (para ler a análise que escrevi sobre esta produção, clique aqui). Infelizmente, a mesma falta de compreensão vem cercando Cidade dos Sonhos, provavelmente o melhor trabalho da carreira de David Lynch. Para ler o texto de Pablo Villaça clique aqui


0 comentários:

  © Blogger template 'Solitude' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP