terça-feira, 31 de janeiro de 2023

"Dispo-te lentamente" - Isaac Felipe Azofeija

 



Dispo-te lentamente

 

 

 




Dispo-te lentamente, beijo a beijo


Este botão, esse colchete, aquela fita,


uma pequena fivela, uma ilhó diminuta,


a suavíssima seda que resvala, as rendas


em cuja nuvem crespa até dormito


moroso, prolongando o termo


do beijo, buscando as mais suaves


regiões, as profundas fontes. E de súbito


detenho-me,


e olho-te nua, plena, bela, minha,


forma total que o amor criou no sonho,


estátua levantada por minhas mãos, meus beijos.



 

 

 

Isaac Felipe Azofeija



 

Costa Rica (1909-1997)

 

 




Para ler o Prefácio da 2ª edição do livro CULTURA ACÚSTICA E LETRAMENTO EM MOÇAMBIQUE: Em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural” do autor do blog clique aqui


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Neonazistas no Brasil: por que o país não consegue conter o crescimento do extremismo?





Por que há um crescimento de grupos neonazistas no Brasil? E por que é tão difícil interromper a expansão dessas organizações? Em conversa com a Sputnik Brasil, pesquisadores explicaram os motivos da ascensão desses grupos extremistas no século XXI e por que é tão difícil combatê-los. Para ler o texto de João Werneck clique aqui


Leia "Gabrielle Vitena: Como manchas de calor e prêmios em dinheiro ajudam a tornar a polícia mais violenta na periferia de Salvador" clicando aqui


Leia "Leonardo Koury Martins: O capítulo atual da luta de classes" clicando aqui


Leia "Tiaraju D'andrea  Noiz por noiz: Quem são os sujeitos periféricos?" clicando aqui

O nazismo ucraniano, ontem e hoje - uma trilogia (I)

 





É longo o desfile dos «heróis nacionais» ucranianos proclamados pelos dirigentes do atual regime e que, diretamente ou como colaboracionistas, fizeram parte do aparelho nazi de extermínio. Para ler o texto de José Goulão clique aqui


Leia "Chris Hedges - Ucrânia: a guerra que deu errado" clicando aqui


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Leia "Alex Cosh: Canadá treinou militares fascistas ucranianos - e agora está alegando "fake news Russa"" clicando aqui


Leia "José Luís Fiori: Davos, Kiev e Brasília - o ocaso de um projeto" clicando aqui


Leia "O colapso da Grã-Bretanha e a crise climática" clicando aqui


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Biagio Antonacci: "Telenovela"

 




Para assistir à interpretação de "Telenovela" na voz de Biagio Antonacci clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema





 99-2022 em números e estrelas




No momento em que começo a escrever esta minha já tradicional coluna com a lista de todos os filmes que vi ao longo do ano (hábito que começou há… meu Deus… 21 anos), restam cerca de sete horas para o fim do desgoverno mais perverso da História do país – e de um período de pesadelo que se iniciou em 2016, com a derrubada de Dilma Rousseff. É um alívio saber que sobrevivi à era da extrema-direita no poder (toc-toc-toc), mas também profundamente angustiante saber que cerca de 700 mil brasileiros não tiveram este privilégio, sucumbindo graças a uma gestão desumana e sociopática. Para ler o texto de Pablo Villaça clique aqui

 






 "Solange



Solange quer suas coisas de volta. Ela mudou de cidade há cinco anos e agora retorna para recuperar seus pertences, que deixou em caixas nas casas de amigos. Para ler o texto de Vitor Velloso clique aqui







"Aftersun" é reencontro poético e melancólico com nossas memórias




Recém-chegado à Mubi, ‘Aftersun’ é um dos melhores filmes de 2022, e de brinde tem o excêntrico galã Paul Mescal como protagonista. Por ser um filme de memórias, temos um prato cheio para explorar vínculos afetivos, conflitos e diferenças. Revisitar memórias é um clássico do cinema, alguns sabem fazer — Steven Spielberg —, outros não — Kenneth Branagh —, por sorte a estreante diretora e roteirista em longas Charlotte Wells sabe. Para ler o texto de Alan Alves clique aqui


HUMOR - Anônima

 




Viver num ambiente totalmente longe dos paparazzi, poder andar sem seguranças e sem tirar fotos com desconhecidos que tem bafo deve ser uma delícia, né? Infelizmente o João Vicente não conhece essa realidade. Divirta-se clicando aqui

O capitalismo é o mesmo animal?

 





O professor Dowbor diz que o capitalismo está se deslocando. Ele afirma que nem sabe se o animal é o mesmo. Talvez seja! Talvez apenas apareça, como ele mesmo diz, com uma juba mais comprida. Quem já passou dos sessenta anos, sabe bem que nesses últimos quarenta anos desapareceu o capitalismo como o conhecemos após a Segunda Guerra Mundial. Nos últimos vinte anos, então, nem se fale! Mas, onde está o cerne das mudanças? Qual é o sangue e nervos novos do animal? Para ler o texto de Paulo Ghirardelli clique aqui






Esboço de uma crítica da economia política




Para ler o comentário de Jean Paulo Pereira de Menezes sobre o ensaio "Esboço de uma crítica da economia políticade Friedrich Engels clique aqui









 O possível papel das classes médias digitais 




Autor de livro sobre a economia de plataformas sugere: programadores e freelancers, que têm salários e condições de trabalho menos opressivas, podem contribuir para ação coletiva dos precarizados contra a exploração e despotismos. Para ler o texto de Vili Lehdonvirta clique aqui

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

"Dizei lá o que é o amor?" - Georg Philipp HarsDorffer


 


Dizei lá o que é o amor?

 

 

 




Corações juntos e unidos,


Um veneno mais que doce.


Dor que faz bem aos sentidos.


Seta que acerta e adormece.


Obra que ao mundo traz gente.


Moço fogoso e atrevido.


Um jogo que afinal mente.


Chama e braseiro de cupido.


Fardo leve de levar.


Menino amável galante.



 

Tristeza que dá prazer.


Corda que prende o amante.



 

Ser cego, sombrio, sinistro.


Noite de gozo e grandeza.


Livro já lido e revisto


Fausto de fugaz beleza.


Freira de comprar remorsos.



 

Desrazão inteligente.


Estrada de muitos cansaços.


Fogo que arde eternamente.



 

 

 

Georg Philipp HarsDorffer



 

 

(Alemanha, 1607-1658)

 



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