quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DNA das populações da África é mapeado com riqueza inédita em novo estudo

 


O continente africano é considerado o berço dos humanos modernos e os genomas africanos contêm mais variação genética do que os de qualquer outro continente, mas apenas uma fração da diversidade genética entre os indivíduos africanos foi pesquisada 1Aqui, realizamos análises de sequenciamento de todo o genoma de 426 indivíduos - compreendendo 50 grupos etnolinguísticos, incluindo populações anteriormente sem amostragem - para explorar a amplitude da diversidade genômica em toda a África. Nós descobrimos mais de 3 milhões de variantes não descritas anteriormente, a maioria das quais foram encontradas entre indivíduos de grupos etnolinguísticos recém-amostrados, bem como 62 loci anteriormente não relatados que estão sob forte seleção, que foram encontrados predominantemente em genes que estão envolvidos na imunidade viral, DNA reparo e metabolismo. Observamos padrões complexos de mistura ancestral e variação supostamente prejudicial e nova, tanto dentro como entre as populações, ao lado de evidências de que a Zâmbia era um provável local intermediário ao longo das rotas de expansão das populações de língua bantu. Variantes patogênicas em genes que são atualmente caracterizados como clinicamente relevantes eram incomuns - mas em outros genes, variantes denotadas como 'provavelmente patogênicas' no banco de dados ClinVar foram comumente observadas. Coletivamente, essas descobertas refinam nossa compreensão atual da migração continental, identificam o fluxo gênico e a resposta à doença humana como fortes impulsionadores da variação populacional no nível do genoma e destacam o imperativo científico para uma caracterização mais ampla da diversidade genômica de indivíduos africanos para compreender os humanos ancestralidade e melhorar a saúde. Para ler o texto de Ananyo Choudhouri e Shaun Haron clique aqui


"Raça não é mãe do racismo, ela é filha dele", explica Lia Vainer Schucman




"Eu sou discípula de um filósofo afro americano chamado Charles Mills que cunhou a teoria do contrato racial, que é o tronco retórico do contrato social da teoria política", conta a filósofa, autora e doutora em educação, Sueli Carneiro, "Ele busca demonstrar que existe no mundo um contrato racial em vigor que está em vários eventos históricos, desencadeados pelo colonialismo e imperialismo sobre África e Ásia; a partir desse contrato, os brancos emergem como donos do mundo. O contrato racial é não nomeado e define o estado de brancos e não brancos. Essa eleição da branquitude como parâmetro da sociedade institui sub-humanidades e sub-cidadanias, o poder imperial da branquitude. Todas as pessoas brancas são beneficiárias, mas nem todas são signatárias: então, reside diálogo, possibilidade de consenso no reconhecimento de que nem todas as pessoas brancas são signatárias ou se sintam confortáveis dentro desse sistema injusto." Para ler o texto de Thaís Regina clique aqui


Ideia de raça



Quando se expressa a respeito da formação étnica nacional, um dos pontos elencados e propiciador de debates é a consideração com referência à as diferenças raciais, e sua consequente miscigenação produzida desde os tempos coloniais. Essa mistura racial produziu uma variação de características físicas, que vai desde a coloração da pele, o aspecto do cabelo e formato facial, e que de certa maneira, deve ter influenciado a concepção de uma nação fundada na democracia racial de seu povo. Para ler o texto de Geraldo Oliveira clique aqui



O que é a afroconveniência e por que ela é tão discutida nas eleições





Com o debate sobre representatividade negra em ascensão, surge também a "afroconveniência" eleitoral. Em 2020, o termo vem acompanhado de um verdadeiro fenômeno: é a primeira vez que temos uma maioria de candidatos a vereadores autodeclarados pretos e pardos. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a partir de registros da Justiça Federal, mais de 42 mil postulantes alteraram a raça nas fichas cadastrais, resultando numa mudança histórica nos registros. Para ler o texto de Brunella Nunes clique aqui

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