LIVRO - Pandemia e Território / Organizado por Alfredo Wagner Berno de Almeida, Rosa Elizabeth Acevedo Marin e Eriki Aleixo de Melo
Disponível para download gratuito,
o livro é organizado por pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da
Amazônia (PNCSA). O lançamento da obra será amanhã, no dia 10 de setembro
O
livro coletânea “Pandemia e Território” pode ser lido como um documento do
trabalho da morte em curso e, ao mesmo tempo, documento radical contra a
máquina de morte controlada pelo Estado que está registrada nas realidades
cotidianas de centenas de milhares de pessoas, as mais expostas e próximas à
morte, ao desemprego e à fome. E é a gravidade deste quadro trágico que
está se ampliando com efeitos danosos sobre uma vasta diversidade de categorias
sociais que é objeto de instrumentos de descrição etnográfica. Os registros,
concernem às categorias: moradores de bairros periféricos das grandes cidades;
indígenas, cujas aldeias estão localizadas em perímetros urbanos e em seus
próprios territórios identificados e demarcados; quilombolas, ribeirinhos, pescadores
artesanais, comunidades de fundos e fechos de pasto, comunidades atingidas pela
exploração mineral e grupos de pequenos agricultores e extrativistas. Trata-se
de grandes segmentos sociais invisibilizados, sem condições de enfrentamento à
pandemia, que tomaram conhecimento do coronavírus e ficaram cerceados pelo
evento epidemiológico e os dispositivos regulamentados para “combatê-lo”.
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Os registros, objetos de reflexão dos artigos desta coletânea, concernem
notadamente às seguintes categorias: moradores de bairros periféricos das
grandes cidades; indígenas, cujas aldeias estão localizadas em perímetros
urbanos e em seus próprios territórios identificados e demarcados; quilombolas,
ribeirinhos, pescadores artesanais, comunidades de fundos e fechos de pasto,
comunidades atingidas pela exploração mineral e grupos de pequenos agricultores
e extrativistas. As designações utilizadas correntemente pelas
interpretações oficiosas referem-se também de maneira explícita a: moradores de
favelas, de periferias e do interior do Brasil. A especificidade é percebida e
explicitada quando estas unidades sociais são classificadas pelos planejadores
das ações governamentais como grupos em posição de vulnerabilidade ou em risco,
como as pessoas em situação de rua, com sofrimento ou transtorno mental, com
deficiências físicas, vivendo com HIV/aids, LGBTI+, população indígena, negra e
ribeirinha e trabalhadores do mercado informal, como catadores de lixo,
ambulantes, estivadores e artesãos e aqueles que estariam em situação extrema
de marginalidade como os “moradores das Cracolândias” ou viciados em crack, os
chamados “andarinos”, que são vistos como perambulando sem domicilio e ocupação
fixa, e as trabalhadoras do sexo, usualmente designadas como prostitutas .
Nessa relação não é informada a “população carcerária” ou “em privação de
liberdade”, nem tão pouco os que se organizam em movimentos sociais e se
autointitulam “sem teto” e “sem terra”.
Em todas estas
designações oficiosamente utilizadas constata-se um extenso espectro da
desigualdade social e de injustiças radicais que se agravam nestes tempos de
pandemia e pairam sobre essas “vidas nuas”, conforme conhecida expressão de
Agamben. A presente coletânea focaliza, portanto, com destaque, estes agentes
sociais mencionados, dispostos em condições altamente desfavoráveis, que se
referem a povos e comunidades tradicionais.
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