quarta-feira, 9 de setembro de 2020

LIVRO - Pandemia e Território / Organizado por Alfredo Wagner Berno de Almeida, Rosa Elizabeth Acevedo Marin e Eriki Aleixo de Melo


Disponível para download gratuito, o livro é organizado por pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA). O lançamento da obra será amanhã, no dia 10 de setembro
O livro coletânea “Pandemia e Território” pode ser lido como um documento do trabalho da morte em curso e, ao mesmo tempo, documento radical contra a máquina de morte controlada pelo Estado que está registrada nas realidades cotidianas de centenas de milhares de pessoas, as mais expostas e próximas à morte, ao desemprego e à fome.  E é a gravidade deste quadro trágico que está se ampliando com efeitos danosos sobre uma vasta diversidade de categorias sociais que é objeto de instrumentos de descrição etnográfica. Os registros, concernem às categorias: moradores de bairros periféricos das grandes cidades; indígenas, cujas aldeias estão localizadas em perímetros urbanos e em seus próprios territórios identificados e demarcados; quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, comunidades de fundos e fechos de pasto, comunidades atingidas pela exploração mineral e grupos de pequenos agricultores e extrativistas. Trata-se de grandes segmentos sociais invisibilizados, sem condições de enfrentamento à pandemia, que tomaram conhecimento do coronavírus e ficaram cerceados pelo evento epidemiológico e os dispositivos regulamentados para “combatê-lo”.
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Os registros, objetos de reflexão dos artigos desta coletânea, concernem notadamente às seguintes categorias: moradores de bairros periféricos das grandes cidades; indígenas, cujas aldeias estão localizadas em perímetros urbanos e em seus próprios territórios identificados e demarcados; quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, comunidades de fundos e fechos de pasto, comunidades atingidas pela exploração mineral e grupos de pequenos agricultores e extrativistas. As designações utilizadas correntemente pelas interpretações oficiosas referem-se também de maneira explícita a: moradores de favelas, de periferias e do interior do Brasil. A especificidade é percebida e explicitada quando estas unidades sociais são classificadas pelos planejadores das ações governamentais como grupos em posição de vulnerabilidade ou em risco, como as pessoas em situação de rua, com sofrimento ou transtorno mental, com deficiências físicas, vivendo com HIV/aids, LGBTI+, população indígena, negra e ribeirinha e trabalhadores do mercado informal, como catadores de lixo, ambulantes, estivadores e artesãos e aqueles que estariam em situação extrema de marginalidade como os “moradores das Cracolândias” ou viciados em crack, os chamados “andarinos”, que são vistos como perambulando sem domicilio e ocupação fixa, e as trabalhadoras do sexo, usualmente designadas como prostitutas . Nessa relação não é informada a “população carcerária” ou “em privação de liberdade”, nem tão pouco os que se organizam em movimentos sociais e se autointitulam “sem teto” e “sem terra”.
Em todas estas designações oficiosamente utilizadas constata-se um extenso espectro da desigualdade social e de injustiças radicais que se agravam nestes tempos de pandemia e pairam sobre essas “vidas nuas”, conforme conhecida expressão de Agamben. A presente coletânea focaliza, portanto, com destaque, estes agentes sociais mencionados, dispostos em condições altamente desfavoráveis, que se referem a povos e comunidades tradicionais.
Para ter acesso ao livro (1226 págs.) em formato digital clique aqui

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