terça-feira, 16 de junho de 2015

Prefácio de Simone Beauvoir do livro "A Bastarda", de Violette Leduc


Quando, no início de 1945, comecei a ler o manuscrito de Violette Leduc — "Minha mãe nunca me deu a mão" — fiquei imediatamente arrebatada: um temperamento, um estilo. Camus logo acolheu L'Asphyxie (A Asfixia) em sua coleção "Espoir". Genet, Jouhandeau, Sartre saudaram o nascimento de uma escritora. Seu talento se confirmou nos livros que se seguiram. Críticos exigentes o reconheceram abertamente. O público não reagiu. Malgrado um considerável sucesso de crítica, Violette Leduc permaneceu desconhecida.
Dizem que não existe mais autor desconhecido. Qualquer um ou quase isso consegue editar. Pudera, a mediocridade pulula. A boa semente é abafada pelo joio. O êxito depende, na maior parte do tempo, de um golpe de sorte. Entretanto, a própria má sorte tem as suas razões. Violette Leduc não quer agradar. Não agrada e até assusta.

Para ler o prefácio completo de Simone de Beauvoir clique aqui

No início dos anos XX, a escritora Violette Leduc encontra a filósofa Simone de Beauvoir. Nasce entre as duas uma intensa amizade que dura toda a vida, ao mesmo tempo que Simone encoraja Violette a escrever mais, expondo as suas dúvidas e medos, abordando todos os detalhes da intimidade feminina.

Veja o trailer do filme “Violette” clicando no vídeo aqui

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