Prefácio de Simone Beauvoir do livro "A Bastarda", de Violette Leduc
Quando, no início de 1945,
comecei a ler o manuscrito de Violette Leduc — "Minha mãe nunca me deu a
mão" — fiquei imediatamente arrebatada: um temperamento, um estilo. Camus
logo acolheu L'Asphyxie (A
Asfixia) em sua coleção "Espoir". Genet, Jouhandeau, Sartre saudaram
o nascimento de uma escritora. Seu talento se confirmou nos livros que se
seguiram. Críticos exigentes o reconheceram abertamente. O público não reagiu.
Malgrado um considerável sucesso de crítica, Violette Leduc permaneceu
desconhecida.
Dizem que não existe mais
autor desconhecido. Qualquer um ou quase isso consegue editar. Pudera, a
mediocridade pulula. A boa semente é abafada pelo joio. O êxito depende, na
maior parte do tempo, de um golpe de sorte. Entretanto, a própria má sorte tem
as suas razões. Violette Leduc não quer agradar. Não agrada e até assusta.
Para ler o prefácio completo
de Simone de Beauvoir clique aqui
No início dos anos XX, a escritora Violette Leduc encontra a
filósofa Simone de Beauvoir. Nasce entre as duas uma intensa amizade que dura
toda a vida, ao mesmo tempo que Simone encoraja Violette a escrever mais,
expondo as suas dúvidas e medos, abordando todos os detalhes da intimidade
feminina.
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o trailer do filme “Violette” clicando no vídeo aqui
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