A palavra perdida contra a bala perdida | Resposta de Dunker a Rodrigo Constantino
Lacan dizia que o equívoco é a
essência da comunicação. É no deslize, na palavra que escapa, naquele tom de
voz descompassado, é na incompreensão que o inconsciente trabalha gerando
equívoco de sentido, posicionando os sujeitos mais além do que eles “queriam
dizer” em seus devaneios e intenções mais ou menos conscientes. Recuperar a
essência perdida da palavra, em meio à série dos equívocos que ela
necessariamente acarreta talvez seja uma das tarefas mais importantes se
quisermos constituir uma política sobre a violência que não seja ela mesma um
exercício de violência, de guerra e de vandalização do outro. Acredito que esse
tipo de consequência com a palavra – seja ela uma atitude ética ou rigorosa,
seja ela uma atenção implicada ou cuidadosa – poderia tratar nosso atual
pressuposto de que não é possível conversar e, portanto, reconhecer os que
estão fora de nosso condomínio.
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