Para desempatar o jogo
Junho de 2013 não será esquecido tão cedo. Pela primeira vez desde a campanha pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor, centenas de milhares de pessoas foram (e algumas continuam indo) às ruas gritar por direitos, por projetos, protestar contra uma infinidade de fatos e apoiar causas das quais muitas vezes não têm a mínima informação. Os grupos que iniciaram esses protestos, como o Movimento Passe Livre (MPL), perderam rapidamente o controle e o rumo das massas.
Percebendo a chance de aproveitar as passeatas para desgastar o governo federal, a grande mídia muda radicalmente seu discurso (literalmente do dia para a noite) e propagandeia bandeiras mais do que suspeitas, de modo a contemplar interesses específicos e diluir tudo o mais numa pauta infinita de reivindicações abstratas. Jornais, revistas e TVs usam todo o seu conhecimento sobre o funcionamento da indústria cultural, construído ao longo de mais de cem anos, para introduzir como gritos de guerra slogans vazios retirados de propagandas comerciais como “o gigante acordou” (Johnny Walker – “estranhamente” semelhante a palavras de ordem evocadas na fatídica Marcha da Família com Deus pela Liberdadede 1964) e “vem pra rua” (Fiat).
Para ler o texto completo de Vinícius Souza e Maria Eugênia Sá clique aqui
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