3º chamada - corpo - VIDA E MORTE
A vida e a morte são compreendidas em relação a determinado marco. Independentemente deste, continuam a ter lugar, e esse facto põe em questão o próprio marco e o campo ontológico que define o seu estatuto.
De acordo com Judith Butler em Frames of War: When Is Life Grievable?, a figura humana pode ser apreendida como VIVA mas não ser reconhecida como VIDA. Assim, a questão da VIDA em abstracto, ou melhor, do VIVO, responde a posições próximas do humanismo e do individualismo liberal. Estas questões remetem-nos directamente para o nosso primeiro call for papers, que denunciava a existência de certas normas que estabelecem um reconhecimento diferenciador, razão para algumas vidas serem choradas (em formas de luto e de dor publicamente aceites) e outras não, separação que se inscreve na concepção do que é normativamente humano. Para Michel Foucault, “o homem moderno é o animal, em cuja política, a sua vida de ser vivo está em questão”. Na mesma linha, Butler refere que não podemos ficar ancorados a debates sobre o que se considera ou não um indivíduo vivo. Podemos antes experimentar outra abordagem: perguntarmo-nos sobre as condições que tornam a vida vivível.
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