JORNALISMO E RELIGIÃO: Ateofobia no ‘Jornal do SBT’
Nos últimos meses, Rachel Sheherazade,âncora e comentarista do Jornal do SBT, tem se destacado como uma das principais vozes do obscurantismo midiático. Para a apresentadora da emissora de Silvio Santos, o adultério deveria ser criminalizado, a homofobia doentia de Marco Feliciano é “liberdade de pensamento e expressão” e o programa Bolsa Família gera “parasitas sociais”.
Em uma determinada ocasião, ao comentar sobre a Justiça Federal ter negado o pedido do Ministério Público de São Paulo para retirar a expressão “Deus seja louvado” das cédulas de real, Rachel Sheherazadedemonstrou toda a sua ignorância civil:
“Liberdade, honestidade, respeito, justiça, são todos princípios do cristianismo. O mesmo cristianismo que vem sendo perseguido pelos defensores do Estado Laico. Intolerantes, eles [ateus e agnósticos] são contra o ensino religioso, são contra as cruzes em repartições públicas, e agora voltaram a sua ira contra a minúscula citação nas notas de real. É no mínimo uma ingratidão à doutrina que inspirou nossa cultura, nossos valores e até mesmo a nossa própria constituição, promulgada sob a proteção de Deus”, asseverou a âncora do Jornal do SBT.
Ora, conforme citado pela nossa Carta Magna, “é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança”. Portanto, pleitear a extinção do ensino religioso nas instituições escolares e a retirada de crucifixos em repartições públicas não é sinônimo de intolerância ateísta, como pensa Rachel Sheherazade, mas simplesmente reivindicar que o Estado não favoreça determinada religião em detrimento dos demais credos.
Para ler o texto completo de Francisco Fernandes Ladeira clique aqui
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