Os aviões não tripulados das edições midiáticas
Marx, no primeiro volume de O Capital (1867), forneceu-nos a fórmula de nosso sistema mundial de produção de mercadorias: D-M-D, onde d é dinheiro e m é mercadoria. Não sem humor, o que Marx pretendia mostrar com essa equação era simplesmente que ela se constitui como um verdadeiro círculo vicioso, pois qualquer relação mediada pelo dinheiro perde seu conteúdo intrínseco, suas qualidades próprias, e se torna parte de uma relação mercantil; entra, quer queiramos ou não, no circuito das relações mercadológicas – na verdade um curto-circuito que atinge indistintamente o amor da mãe pelo filho, os amores carnais, as amizades mais sinceras, as lutas pela emancipação da humanidade. Através da falsa – mas soberana – universalidade da abstração do dinheiro, tudo tende a ser sequestrado, entrando no redemoinho do domínio do capital, situação que faz com nada mais possa se tornar referência comum, planetária: só o dinheiro pode ser global, razão por que, nesse contexto, tornamo-nos os cordeiros do deus dinheiro, seus súditos, suas mercadorias.
Para ler o texto completo de Luís Eustáquio Soares clique aqui
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