EDUARDO COUTINHO: Imagem, prazer e ousadia
Eduardo Coutinho é um dos nossos cineastas mais ativos, mais respeitados, premiados e independente. Veterano jornalista e profissional de tevê, ele encarna a nossa mídia, é seu ícone. Uma de suas obras mais recentes é um documentário de 19 horas, repito 19 horas – um retrato arrasador da tevê brasileira exibido uma única vez numa mostra de cinema para 300 privilegiados espectadores numa versão de apenas 91 minutos.
Diretor de mais de 25 documentários, entre seus principais filmes estão Cabra Marcado para Morrer, Santo Forte, Babilônia 2000 e Edifício Master. Foi roteirista de filmes de ficção e integrou a equipe do Globo Repórter. Crítico atento da qualidade da programação e dos problemas estruturais da radiodifusão, Coutinho é autor do filme Um dia na vida, inédito no circuito comercial por conta de problemas de direitos autorais. A obra é uma compilação em 90 minutos de 19 horas da programação televisiva brasileira com cenas de jornais, novelas, programas de auditório, televendas e proselitismo religioso.
Antes do debate no estúdio, em editorial Dines classificou Eduardo Coutinho como “uma figura extraordinária, uma das vozes mais críticas da cultura nacional”. Para Dines, a postura crítica do cineasta incomoda, mas Coutinho não se deixa abalar. “Eduardo Coutinho é um dos nossos cineastas mais ativos, mais respeitados, premiados e independentes. Veterano jornalista e profissional de TV, ele encarna a nossa mídia, é seu ícone”, disse Dines (ver íntegra abaixo).
Coutinho explicou que a sua ideia inicial ao fazer Um dia na vida era falar sobre um assunto que o incomoda: o plágio no jornal impresso. Por sugestão de um amigo, decidiu focar na televisão. “Nós gravamos 19 horas mudando de um canal para outro. Quando escolhia um, não podia dar o outro no mesmo horário. E ficamos com um panorama de um dia comum, que não teve futebol, não teve nada. Então, fizemos uma edição [do material] que o diretor Leon Cakoff topou incluir no programa [do Festival É Tudo Verdade, em 2010]”. Um advogado orientou o cineasta a exibir o filme apenas em sessões gratuitas e a não divulgar os horários em que seria apresentado para evitar possíveis processos.
O diretor acredita que as emissoras de televisão não processariam a Videofilmes, empresa que produziu a obra, mas poderia haver problemas com as dezenas de pessoas que aparecem nas imagens. Para poupar a produtora de penas envolvendo dinheiro, Coutinho decidiu não exibir o filme para grandes plateias. “Hoje, o direito à imagem tornou-se uma mercadoria, até no mal sentido da palavra”, disse Coutinho. O cineasta contou que mesmo que a produtora saísse vitoriosa seria preciso pagar os advogados, o que implica um custo de pelo menos 10 mil reais a cada processo.
Para ler o texto completo de Lilia Diniz clique aqui
Diretor de mais de 25 documentários, entre seus principais filmes estão Cabra Marcado para Morrer, Santo Forte, Babilônia 2000 e Edifício Master. Foi roteirista de filmes de ficção e integrou a equipe do Globo Repórter. Crítico atento da qualidade da programação e dos problemas estruturais da radiodifusão, Coutinho é autor do filme Um dia na vida, inédito no circuito comercial por conta de problemas de direitos autorais. A obra é uma compilação em 90 minutos de 19 horas da programação televisiva brasileira com cenas de jornais, novelas, programas de auditório, televendas e proselitismo religioso.
Antes do debate no estúdio, em editorial Dines classificou Eduardo Coutinho como “uma figura extraordinária, uma das vozes mais críticas da cultura nacional”. Para Dines, a postura crítica do cineasta incomoda, mas Coutinho não se deixa abalar. “Eduardo Coutinho é um dos nossos cineastas mais ativos, mais respeitados, premiados e independentes. Veterano jornalista e profissional de TV, ele encarna a nossa mídia, é seu ícone”, disse Dines (ver íntegra abaixo).
Coutinho explicou que a sua ideia inicial ao fazer Um dia na vida era falar sobre um assunto que o incomoda: o plágio no jornal impresso. Por sugestão de um amigo, decidiu focar na televisão. “Nós gravamos 19 horas mudando de um canal para outro. Quando escolhia um, não podia dar o outro no mesmo horário. E ficamos com um panorama de um dia comum, que não teve futebol, não teve nada. Então, fizemos uma edição [do material] que o diretor Leon Cakoff topou incluir no programa [do Festival É Tudo Verdade, em 2010]”. Um advogado orientou o cineasta a exibir o filme apenas em sessões gratuitas e a não divulgar os horários em que seria apresentado para evitar possíveis processos.
O diretor acredita que as emissoras de televisão não processariam a Videofilmes, empresa que produziu a obra, mas poderia haver problemas com as dezenas de pessoas que aparecem nas imagens. Para poupar a produtora de penas envolvendo dinheiro, Coutinho decidiu não exibir o filme para grandes plateias. “Hoje, o direito à imagem tornou-se uma mercadoria, até no mal sentido da palavra”, disse Coutinho. O cineasta contou que mesmo que a produtora saísse vitoriosa seria preciso pagar os advogados, o que implica um custo de pelo menos 10 mil reais a cada processo.
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