Enquanto o cinema ocidental deu ensejo a múltiplas investigações, especialmente nestes tempos de centenário da invenção dos irmãos Lumière, os estudos centrados em cinematografias mais “marginais” no espaço da produção mundial têm sido mais esporádicos. O cinema africano, difundido a conta-gotas nos circuitos europeus – e até frequentemente marginalizado nos próprios países africanos malogrados os esforços – tem entretanto perto de meio século de existência. Este revela uma visão original dos realizadores africanos sobre as suas próprias sociedades, longe dos estereótipos veiculados pelo cinema colonial ou pelos filmes de aventura europeus e colocam naturalmente em primeiro plano, directamente no cerne da acção, jovens raparigas, esposas, mães e avós. Por conseguinte, as mulheres, tal como são desalinhadas pelos autores africanos, são bem diferentes das imagens geralmente contraditórias veiculadas na Europa pelos filmes ou pela literatura, sobretudo os da primeira metade do século: ora objectos eróticos ambivalentes (nuas, animais, ninfomaníacas e/ou frígidas), ora objectos de repulsão (selvajaria e torpeza).
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