"Memórias" - Rwesy
Memórias
Com
inigualável mestria, os ventos Outonais,
Acariciam a alma das árvores e arbustos florestais
E com prazer desmedido de missão cumprida
Cobrem apaixonadamente o chão resfriado de
agora
Com as pálidas folhas de ciclo de vida
expirado
No
caule e braços das arvores desnudadas
Restam indeléveis as marcas das folhas caídas
Saudosas de vida inteira plenamente já
vividas
Tal como nos humanos em Outono de paixões
colhidas
Todas tatuagens ora ressequidas das emoções
vividas
Não
vale gota nenhuma de qualquer mais pequeno riacho
O choro sofrido de águas passadas em seu próprio tempo.
Mas vale, porém, revisitar as margens do
leito sinuoso
Por onde a corrente de água caminhou todas
emoções
Só para encontrar o rio de gente que somos
hoje.
É
o caminho que faz o destino de cada peregrino
Somos os arquitectos de nossas vidas divinas
Em cada paixão universal por nós desfrutada
Somente reclamo com humildade silenciosa
A saudade desses caminhos que ainda não
percorri.
Fim
Rwesy
Norborg, 21 de Outubro 2021
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