Navegando pelo cinema
Carlota Álvarez: "O cinema feito por mulher triunfou em todos os festivais internacionais e esta é uma tendência irreversível"
De todos os filmes produzidos na Espanha em 2020, apenas 19% foram dirigidos por mulheres. Número muito parecido com o que acontece em Hollywood, onde cineastas não passavam de 18%. Apesar desta baixa participação, os filmes feitos por mulheres devem ter uma qualidade elevada, visto que ao longo deste ano conquistaram todos os prémios em festivais internacionais nas categorias melhor realizador e melhor filme. Desde o Festival de Sundance, passando por Cannes, o Oscar, Veneza ou San Sebastian, este ano todos foram atribuídos a mulheres. Uma mudança de tendência que os codiretores do festival Film for Women, Carlota Álvarez Basso e Diego Mas Trelles, afirmam que vem para ficar. Para ler a entrevista clique aqui
Nem um pouquinho
A maioria das cenas são externas filmadas nas ruas do centro de São Paulo, então não tínhamos total controle das locações. Por exemplo, em uma das cenas, eu e a Carol pensamos em um set up de luzes e cortina. Foi uma solução encontrada para uma locação (externa-fachada-academia) em que não podíamos abrir a porta. Isso deu uma ilusão de profundidade para um fundo teoricamente chapado. Essa ideia surgiu para que fosse possível casar com a cena interna da academia. Para ler o texto de Fabio Politi clique aqui
Round 6
Em 1968, Kubrick nos apresentou a elipse mais longa do cinema. Um osso lançado ao ar fez a gente ir da pré-história para o espaço sideral em "2001 - Uma odisseia no espaço" com apenas um corte. Um salto temporal tão grande nos dá a sensação de que evoluímos, saindo desse estado primitivo. O que isso tem relação com "Round 6", nova febre coreana da Netflix? Tudo. Fiz uma óbvia conexão inicial sonora já que a música que nos embala nessa cena espacial é a mesma que nos anuncia o início de mais um jogo na série: A valsa de Strauss, Danúbio Azul. Depois, porque ele nos lembra que essa sensação de evolução é ilusória. Nós continuamos, tal qual aqueles primatas, com um osso na mão, lutando por poder e sobrevivência. Para ler o texto de Amanda Aouad clique aqui
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